Wednesday 27 January 2016


File de frango empanado com creme de milho.

Thursday 14 January 2016

Investigacao da vida de Au pair na Irlanda

Por volta de duas semanas atras deu no jornal Irlandes a investigacao das Au pairs na Irlanda. Muitas meninas Brasileiras, e de outras nacionalidades, vem pra ca direto pras casas das familias, outras meninas pagam "agenciadores" (em sua maioria Brasileiros) assim como as familias tambem os pagam, ou seja, eles ganham dos dois lados. Outras meninas sao contactadas pelas familias atraves de websites de empregos ou indicacoes.

O que esta pegando, eh que essas familias nao pagam o salario minimo para essa meninas.
O salario minimo eh de nove euros e quinze centavos, o que daria uns 205 euros por semana, ja com taxas descontadas, caso essas meninas trabalhassem as dignas 30 horas semanais que qualquer trabalhador Irlandes trabalha.

No entanto, as familias estao pagando de setenta a cento e cinquenta euros por semana, e quando pagam, para essas meninas trabalharem de 40 a 70 horas semanais, nao so cuidando de criancas, mas tambem, limpando casa e fazendo comida para a familia inteira.

A maioria das familias nao registram, ou se quer, fazem um contrato por escrito. Eh tudo boca-a-boca, as regras e obrigacoes mudam com o tempo, mas o pagamento continua sendo o mesmo.

Muitas au pairs, assim como eu, sao estudantes e sao impedidas de ir a escola. Quando vao, tem seu misero pagamento descontado e as hostess jogam em suas caras o quanto sao boas por deixa-las ir a escola, como se elas nao soubessem que as meninas sao na verdade estudantes e nao au pairs.

Quando nao reduzem seus salarios, pedem para que elas trabalhem a mais, fazendo babysitting para compensar as horas que estas passam nas escolas.

Uma vez que as criancas sao maiores e vao pra escola, as hostess querem pagar ainda menos, alegando que as meninas teem suas manhas livres, se nao descontam, elas dizem que as au pairs teem vidao. Mas, a realidade eh que nas horas em que as au pairs estao em casa, sem as criancas, elas passam seu "free time", limpando a casa e fazendo as tarefas extras que suas hostess pedem, afinal elas estao  inconformadas com a "vida boa" de suas funcionarias.

Algumas vezes as hotess exageram nos pedidos muitas vezes absurdamente ridiculos, como contar as pecas dos quebra-cabecas, por exemplo, soh para nao passarem suas manhas livres de pernas pro ar. Algumas chegam a pedir para a au pair limpar os quartos dos patroes, raramente agradecem, e se a au pair decide nao fazer porque usa seu "free time" para fazer suas coisas, tem que lhe dar com caras e bocas, isso quando sua hostess nao lhe diz indignada: O que esta acontecendo? Voce nao eh mais a mesma, a casa anda tao baguncada, nao se acha nada!! Ou ainda, ela sai "arrumando" as coisas, fazendo bastante barulho, para que sua au pair a escute de seu quarto, berrando as quatro cantos: Que casa baguncada, criancas venham aqui falar de perto porque estou arrumando essa bagunca!!!

Mas, as au pairs fazem uso das suas manhas livres para fazer os trabalhos extras, porque a tarde com as criancas em casa, fica impossivel limpar e organizar tudo o que as hostess lhes pedem e mais, fazer o que foram contratadas para: brincar com a criancada.

Tudo para que quando as maes voltarem do trabalho, ou academia, ou shopping... Tenham seus filhos cansados e querendo cama. A casa tambem deve estar limpa e organizada, eh o tal "trabalho leve" que algumas maes pedem na entrevista e a maioria pede com o passar do tempo. E entao, elas podem se servir de cha e posar de boa mae por meia hora.

Todos esses pedidos de trabalhos extras, nao seriam um absurdo se as au pairs fossem dignamente pagas pra isso, mas o fato eh que na Irlanda ainda nao existe uma regulamentacao para esse trabalho, nao se sabe ainda ate onde  au pairs devem aceitar, e quando devem dizer nao.

E pra deixar a situacao ainda mais confusa, au pairs sao tratadas como parte da familia quando aos hostes o convem, mas quando deixam de fazer alem do seu trabalho, os patroes as lembram rapidamente quem realmente sao, e quando elas argumentam seus direitos, eh das duas uma: ou o ingles falado nao eh mais tao bom quanto era, quando pecisavam ir a escola, ou entao, eles as pedem um prazo para sair.

Mas, essa eh uma visao realista do que au pairs que nao buscam saber para onde estao indo, a fundo, e que nao ouvem sua propria intuicao, acabam por passar.
Elas aceitam um salario de fome, por achar que a familia esta fazendo muito em lhes dar um quarto, algumas vezes eh soh o que as familias oferecem, algumas outras dao comida, limitada e de inferior qualidade ao que os hostes comem, sao poucas as familias que dividem bem a comida da casa, sem implicar com o quanto a au pair consome.

Enfim, muitas meninas aceitam o trabalho sem nem mesmo conhecer a casa onde vao morar, nem as criancas que terao que cuidar, muitas vezes o pai nao esta presente na entrevista. Mas, as meninas nao desconfiam de nada, e vao. 

Depois que la estao, percebem que sao um contra dois. Se sentem sozinhas, fracas e exploradas, indefesas por nao saber de seus direitos num Pais estrangeiro, elas nao teem reconhecimento e a merreca que ganham, nao paga o hestel do fim de semana, pra onde vao, para que tenham um pouco de liberdade.

Essa eh a escravidao moderna, a qual espero em Deus que um dia acabe. Relembrando dos tempos em que Irlandeses eram escravizados por Ingleses, escravidao branca que poucos conhecem, trago a esse artigo o Dublin-Cuddle.

Trata-se de  um prato a base de batatas e sobras de vegetais (usualmente cenouras), rashers e sausages. Esse prato nasceu entre os pobres injusticados e escravizados de origem Irlandesa. Servido bem quente, eh um prato forte, calorico, perfeito para aquecer contra o frio.

Corta-se as batatas aos meios e as cenouras em cubos. Refoga-se as sausages e rashers na cebola e oleo, junta com o refogado as batatas e cenouras, completa com agua pela metade, ajusta-se sal e pimenta, adiciena-se a agua sempre que necessario ate que os vegetais estejam cozidos e quando ferver junta tomates e tempero verde. Muitos gostam de acrescentar um pouco de Guinness, mas ai, vai do gosto de cada um. 

Monday 11 January 2016


Dublin-Coddle

Sunday 3 January 2016

Em tudo tem a mao de Deus!

Estou de volta, depois de quase cinco anos sem postar nada. Eis que eh Natal e conversando com o meu namorado eu relembrei o porque vim parar nesta casa onde moro por tanto tempo, o motivo de eu vir pra ca, nao foi desespero por estar em condicoes financeiras desfavoraveis, nao foi por medo de nao dar conta de uma cozinha estrangeira e tambem, nao foi pelo quarto cor de rosa. Foi o amor que vi e senti aqui, que me fez querer esta familia e este lugar.

Deus se mostra presente em minha vida desde que eu era apenas um espermatosoide numa corrida alucinada pra chegar ao ovario da minha mae, vitoriosa em minha primeira batalha e conquista pela vida.

Quando cheguei na Irlanda, nas condicoes precarias que voces sabem, recebi o convite de uma pessoa especial, para receber Johrei, bom, eu nao tinha ideia do que se tratava, mas como nao tinha mais nada pra fazer, aceitei o convite. Logo no primeiro Johrei que recebi senti tanta luz entrar em mim que renovou minha energia pra continuar investindo no meu sonho (morar na Europa).

Depois recebi mais dois Johreis, conheci a Babi, logo de prima nos tornamos amigas, nao fazia uma semana que nos conheciamos ela me emprestou o dinheiro pra imigracao, considero este o primeiro milagre que o Johrei realizou em minha vida.

Um dia eu estava sem dinheiro, sem trabalho, em fim, desesperada, fui a Igreja Messianica, doei dois euros que era o que eu tinha, recebi Johrei e voltei pra casa. Lembro que estava quase a ponto de passar fome porque so comia um hamburguer do Mc Donald's no almoco e tomava leite no jantar, neste dia cheguei em casa e nao tinha leite, entao, me lamentei por ter doado o dinheiro que eu poderia usar para comprar o leite, mas no mesmo instante meu coracao se acalmou, como se alguem me dissesse: "calma, tudo vai dar certo".

Dormi que nem senti a fome me perturbar, na manha seguinte sai com o estomago vazio, para a minha caminhada diaria de uma hora ate o centro, mais caminhadas de varias horas pelo comercio, entregando curriculo, ou panfletando meus cartoes de cleaner nas casas e no fim do dia, exausta, mais uma caminhada de uma hora pra voltar pra casa, ufa! Entao, no meio do caminho, indo pro centro, achei cinco euros, corri no mercado, comprei biscoito, leite e cafe, voltei pra casa e COMI...

Nesse mesmo dia, ja de bucho cheio, fui pro centro e encontrei com uma mulher que trabalhava na escola e ela me disse que tinha uma faxina, tipo "trabalho pesado" pra fazer, mas como ela nao poderia ir,ela me ofereceu o trabalho, topei e recebi 100 euros pelo excelente resultado, tres dias depois uma amiga da Babi, que fazia salgados sob encomenda nao pode fechar com uma cliente e passou-a pra mim, nessa semana so com salgados, fiz 100 euros, na semana seguinte fiz 150 euros. E tantas bencaos so porque doei 2 euros.

Fiz a doacao de 20 euros com o intuito de conseguir um bom emprego que garantisse minha moradia, alimentacao e que ainda desse pra viajar, na semana seguinte a minha chefe estava me contratando, Recebo o justo pelo meu trabalho e meus chefes sao legais comigo. Nao e o emprego dos meus sonhos, mas pro momento ta bom.


Para celebrar a paz que finalmente estava a reinar em minha vida, preparei um pernil assado com batatas que ficou divino. Temperei o pernil com limao, vinho branco, sal e pimenta, deixei marinando por 12 horas na geladeira. Retirei da geladeira, cobri com papel aluminio e assei por uma hora. Numa panela cozinhei as batatas descascadas em agua temperada com sal por dez minutos, escorri bem e quando o pernil estava assado, eu retirei o aluminio, pincelei molho barbecue no pernil, acrescentei as batatas e assei tudo por mais 40 minutos. Hummm da agua na boca soh de lembrar.