Tuesday 18 October 2016

Intercambio: Fabrica de fazer doido!!

Eh interessante como o distanciamento familiar mexe com o psicologico humano. Eu mesma tive da minha loucura aqui na irlanda. Mas, como busco evolucao espiritual. Rapidamente me recuperei.

Lembro do primeiro dia de aula, no qual uma das loucas que conheci, deu piti por nao querer fazer dupla comigo, porque o meu ingles era muito inferior ao dela.

Como estudavamos aos Sabados, o professor dava muitas aulas out doors. numa delas, fomos a Glendalough, um parque nacional localizado em Wicklow.  Na volta, eu ofereci que parassemos na minha casa, que ficava no meio do caminho, para que eles tomassem um cha. Maluquete, ao ver onde eu morava ja foi logo me chamando de amiga.

Deixei ela se aproximar de mim, porque fiquei com pena das coisas que ela me contava. Ela dizia ser mau tratada por sua hostess, enfim, mesmo desconfiando, optei por acreditar.

Uma vez, minha chefe me convidou para ir a Galway, nessa fase, seu irmao Morava por la, e ela queria muito que eu fizesse amizade com ele. Mas, a maluquete da minha nova "amiga", estava em casa, e ela acabou indo pra Galway conosco. Minha chefe foi ver seu irmao e eu e maluquete fomos passear pela cidade.

Eu ja estava de passagem marcada pra Paris, iria com a Doida da Morgana, mas a Maluquete conseguiu  booker no mesmo voo, entao, fomos as tres.

Maluquete era uma bomba ambulante, pronta para exploder em qualquer um a servisse de maneira que ela julgasse ser inadequada, sair com ela era estressante, tambem, porque ela queria economizer o maximo em comida e transporte, pra poder comprar coisas mais caras, como roupas e maquiagens.

Eu sou gastrologa, amante da alta gastronomia, estava no berco da culinaria, e nao ia comer bem?! ja comecamos a nos estranhar dali.

Morgana, ja nao havia gostado da Maluquete desde o principio, entao, ela evitava ficar conosco. fomos para tres dias em Paris, e no ultimo dia eu tava tao no meu limite que joguei os dois sanduiches que tinhamos comprado na cara do vendedor, porque ela resolveu engatar uma briga com ele por conta de cinquenta centavos a mais que ele resolveu cobrar de ultima hora.

Ela ainda ficou puta comigo porque desperdicei nosso almoco. Retruquei: olha maluquete, eu tenho pena de voce, por ser tao materialista, egoista e interesseira. Nao posso te mudar, mas posso optar por ficar longe de ti. ainda tivemos uma longa noite juntas e uma manha inteira de voo de volta pra casa. depois nunca mais tive noticias dela.

Minha chefe ao saber da estoria me disse: Ela nunca foi sua amiga. Lembra na viagem pra Galway que ela ficou falando o quao bem ela dirige e o quanto a Anjinho gosta dela. Ela estava descaradamente tentando roubar o seu trabalho. Por isso, nao as levei comigo para ver o meu irmao.
Eu fiquei chocada, pois nao tinha reparado, pra mim, ela so era muito convencida mesmo.

A Morgana foi outra louca, que eu tentei ajudar, mas ela foi a mais importante das licoes de minha vida, as pessoas teem luz propria, e so elas mesmas podem se tirar da escuridao.

A Angelica foi uma licao produtiva para mim. Sempre reservada, dividia pouco sua vida. Mas, mesmo assim, ela repartiu um pouco de sua estoria comigo. Ela tinha a meta de encontrar seu marido. E ficou muito tempo sozinha, ate que o encontrou e bem rapidamente se casaram, espero que estejam felizes e prosperos. Ela tambem era amante da boa comida. Por uma triste fatalidade, ela pode finalmente fazer a faculdade de gastronomia.

Por algum motive que ainda nao sei explicar, ela cortou a amizade comigo. Prefiro acreditar que foi por somente, estar tao feliz e ocupada com tantas realizacoes, que se distanciou.

Nao guardo magoa, ate porque essa eh uma licao muito bonita: Acredite nos seus sonhos, sinta e aprecie cada detalhe, que voce ira realizer!!!

A Hungara foi a mais doida de todas, super convencida, chegava a ser comico. Vinha na minha casa sem convite. O abuso era tanto que ate quando a minha familia estava viajando, ou seja, eu estava de ferias, ela vinha com as criancas e ficava por aqui. Se eu nao inventasse algo e nao saisse de casa, aqui ela ficava. Me desautorizava perante as criancas, era terrivel.

Decidi ligar pra ela, num Sabado, quando nenhuma de nos trabalha. perguntei se poderia ir na porta dela para converser. Ela vei ao meu carro, e eu disse: Fulana, nao gusto da sua interferencia com relacao ao meu trabalho com as criancas. Tambem, nao gusto quando voce aparece sem convite. Por favor, respeito eh bom e todo mundo gosta. me respeite e entao poderemos manter o contato professional.

Ela pareceu ter entendido. No entando, ignorou meu convite pra playdate e na semana seguinte, numa sexta-feira de trabalho, ela veio sem avisar, na minha casa, com as criancas.

Eu estava aspirando o chao da casa rapidamente, pois estavamos em cima da hora para irmos na casa da tia das criancas. Ela entao, me disse: Eu te recebi na minha casa, voce pare o que esta fazendo e converse comigo.

Eu respondi: Eu te perguntei se poderia ir, nao entrei na sua casa dando-lhe ordens. Menos ainda levei criancas comigo. Estou em horario de trabalho, se quiser, sente-se e espere, pois estou ocupada.

Quando terminei, sentei-me e ela comecou a falar, como se eu a tivesse humilhado muito. Ouvi todas as asneiras com paciencia e respondi: Querida, cada um entende o que quer. Sou responsavel pelo o que digo e nao por como voce se sente com o que digo. Tenho compromissos, por favor retire-se. E nunca mais nos falamos.

Tiveram varias outras Loucas e Loucos na minha experiencia abroad. A ultima eh a mais real expressao do que falta nas pessoas que se abrem para a experiencia do intercambio, mas ainda nao tem a evolucao spiritual necessaria para dar o proximo passo. Essa Doida, vou chamar de Amor.

Amor eh uma mulher que conheci aqui na vida de au pair. Ela eh engracada e divertida, no entanto, interesseira e materialista. nao no nivel da Maluquete, pois Maluquete eh ma, e Amor soh eh perdida, mesmo.

Eu precisava de alguem que pudesse pegar little Ginger na escolinha, em algumas Segundas que eu nao podia perder a aula da faculdade, Amor o fazia, eu chegava uma hora mais tarde para buscar a Little Ginger com Amor. e Todas as Quartas eu ficava com as criancas de Amor.

Precisei dela tres vezes, e fiquei com as criancas dela todas as quartas, por um semester inteiro. Mesmo vendo que ela estava cortanto minhas criancas, adiando playdates, evitando mesmo o contato.

Prefiro acreditar que foi porque a mae das criancas a pediu para reduzir o contato uma vez que esta fora a Terceira Au pair da mesma familia que eu vim a conhecer... e ai vai da imaginacao de cada um... Gracas a Deus as ferias vieram, e ja para o semester seguinte consegui cortar o ciclo exploratorio.

Ela deixou a familia, e nosso contato ficou ainda menos frequente. recentemente ela voltou a se  comunicar comigo. isso porque seu relacionamento desses tres anos de Irlanda, nao esta bem, alias, nunca esteve.

Uma vez eu estava num Pub com uns amigos e o namorado dela, tambem estava la. Ele me chamou de canto e disse: Estou preocupado com a Amor. Nos terminamos, mas ela me liga o tempo todo, chora, faz drama. eu disse: Voce tem certeza que nao a quer em sua vida? Ele respondeu: tenho! Repliquei: Entao, pare de dar esperancas, afaste-se, nao atenda, nao responde.

Alguns meses mais tarde eles reataram. E pior, estavam morando juntos. Pareciam estar bem. E eu fiquei feliz por nao ter ditto a ela o que havia acontecido no Pub.

Acontece eh que eles brigaram de novo e ela veio me procurer. Dei-lhe toda a atencao que pude. Tentei ajuda-la a alimentar seu amor proprio.

Mas, aqui se encaixa a licao aprendida com a Morgana.

Coloquei-me a disposicao para ajudar e quando ela precisou, ela recorreu ao Ex, ou seja, ela so estava a esperar uma oportunidade de mendigar amor a ele.

Ele deve gostar de ter alguem implorando sua atencao, pois tambem nao consegue deixar ir. E eu, porque falei a verdade, pois ao saber que ela havia procurado por ele, percebi que a opcao dela de ficar mais quarto meses na Irlanda, era so para tentar uma vez mais com ele, e, nao resisti e falei: Amor, volte ja para o Brasil, passe seu aniversario com sua familia e se decider ficar por la, eu te envio suas coisas. Mas, se resolver voltar, estara mais forte, e pronta para sua vida.

Eh claro que ela nao entendeu, e cortou comigo. Ela nao cortou com o Ex, finge-se de amiga, tambem nao cortou com os amigos do ex, pra poder estar por perto, se humilhando e mendigando Amor.

Eu sei que ela nunca foi minha amiga e que sempre so usou de meu bom coracao. Assim como todos esses outros loucos feitos nessa fibrica de malucos, chamada de Intercambio. Mas, o que quero dizer eh que essa experiencia eh muito importante para o alto-conhecimento.

E que por mais louco que voce possa vir a ser em alguns momentos dessa intense experiencia, eu recomendo que faca um intercambio, e, que aprendas mais sobre si mesmo. Eu espero de coracao que todos esses loucos tenham aprendido algo nobre com isso.

Como eh meu prato predileto, e como o preparei para a maioria desses doidos que conheci aqui, trago a receita do Bobo de Camarao.

Primeiro limpe e tempere o camarao com sal, pimento e limao. Depois descasque a mandioca e corte-a, cozinhe a mandioca no caldo feito com as cascas de camarao e sal. bata a mandioca no liquidificador. coleque o crème de mandioca na panela, frite os camaroes no dende, transfira-os para o crème de mandioca, aqueca o crème, adicione leite de coco, salsa e cebolinha. Ajuste o sal e a pimento e sirva quente com arroz.







Bobo de camarao

Saturday 23 July 2016

6 anos de au pair living-in! :o


Todos me perguntam: como voce consegue morar e trabalhar por tanto tempo para a mesma familia? Eu nunca havia parado para analisar essa questao com atencao. Alguns me dizem: Como voce eh acomodada! Outros falam: Nossa, essa familia deve ser muito legal. Ja outros dizem: Voce eh uma Monja, ou super submissa.
Eu digo que eh um pouco de cada coisa, se visto com olhos de realidade. Mas, como eu crio minha propria realidade, eu digo que eh puro exercicio de Tolerancia, exercido por ambas as partes.
Ha um tempo atras, conversando com uma vizinha, tambem au pair, disse ela: Nuss essa minha hostess nao se toca, ela pensa que eu sou a mae dos filhos dela e que portanto tenho que ficar com eles 24h por dia. Tenho trauma de fim de semana, porque sei que ela vai bater na minha porta e pedir pra eu trabalhar. Pior, de graca, ou pior ainda, vai me chamar para ir com eles para a casa da avo,e eu, como nao sei dizer nao, irei e ficarei la com cara de paisagem, me sentindo a pessoa mais infeliz do mundo, por ser tao otaria.
Respondi: Eu sei bem o que eh isso, pois meus dois primeiros anos aqui foram assim. Ela me interrompeu e com um tom de muita indignacao, disse: DOIS ANOS! Meu Deus, nao sei se irei aguentar os seis meses que me comprometi, quem dira dois anos!
Eu dei risada e conclui: a diferenca entre eu e voce, eh que quando minha estima, tentava baixar e fazer de mim uma pessoa infeliz, o meu ego logo vinha me dizer o milagre que eu estava vivendo, de finalmente estar fora do Brasil, algo que eu sempre quis mas, nao sabia se algum dia seria verdade.

Mas, agora eh verdade, e eu posso estar em meio aos Irlandeses, aprender essa cultura tao diferente e ao mesmo tempo similar a nossa, posso melhorar o meu ouvir ao escutar a conversa entre eles. Eu enchergava alegria em minha hostess, em poder me introduzir a sua cultura, e nao me sentia mal por ela nao me pagar extra por isso.
E naturalmente eu fui me ambientando, fazendo amizades e aos poucos fui me distanciando da familia e criando meu proprio nucleo. Levou dois anos, e dai? Nao me apego ha tempo. Me preocupo mais com o que sinto e transmito.
O meu terceiro ano foi o mais complicado para mim, porque eu deixei a energia de pessoas mundanas entrar em minha vida e passei a enchergar tudo com olhos de realidade. Percebi que nao importa o tamanho do meu amor por essas criancas, elas nao sao minhas, e mesmo eu sendo melhor educacionalmente falando, para elas, elas sempre irao copier  e preferir a mae. Quanto aos pais, tudo o que eu fazia, ate entao, por altruismo, virou obrigacao, e nada mais era novidade, tudo era dever.
Revoltei-me. Parei de fazer as coisas com alegria, ate que parei de faze-las por completo. Pasei a beber com as “amigas” para ser aceita no grupo. Tambem estava super chateada com a minha mae, que nunca vinha me visitar, entao, tomei um porre de tequila que me deixou inconsciente. Descobri que nenhuma das amigas que eu acreditava ter, eram amigas de verdade. Elas nao foram me socorrer. Fui deixada na porta de casa pelas meninas que estavam tao bebadas quanto eu. E recebi todo o cuidade do mundo dos meus hostesses.
Percebi que a minha fantasia eh mais segura que qualquer realidade que tentam me empurrar a todo custo. Ainda colhi os frutos da realidade em que me joguei durante o quarto ano. Cai na conversa fiada do irmao da minha chefe, que se dizia apaixonado por mim, eh claro que a familia nao aceitou. Ate as criancas, que a principio,  nao tinham preconceito com o relacionamento, passaram a ter vergonha de mim e do tio. Depois de quatro meses, ele terminou comigo por Skype. Eu  nao disse nada, apenas, tentei seguir em frente como se nada tivesse acontecido.
Minha hostess, de certo que tem suas curiosidades. Ela me acha esquisita, julga minha religiosidade e meu jeito de ser e ver o mundo. Mas, eu renasci para Deus e para o Universo. Eu sou esquisita aos olhos humanos. Eu sou eu, unica e incomparavel.
Apos esse dircurso, minha colega au pair ficou, literalmente de queixo caido. Mas, ela me compreendeu.  Estavamos almocando, eu havia preparado o mais novo prato predileto das criancas. Arroz servido com refogado de carne moida, abobrinha, cenoura, tomate e batata, tudo cortado em cubos, sal, pimento, alho e cebola, nao podedem faltar. Um cadin de agua so pra amaciar os vegetais e pronto. Um ovo frito no topo do prato pra finalizar, e bom apetite.
Minha hostess morre de nojo dessa mistureba de comida e fica indignada de ver as filhas lambendo os pratos. Mas, isso eh uma outra estoria.
Mistureba, misturao, mexidao... Whatever!!!

Saturday 6 February 2016

Buscando meu emprego

Ainda nos meus primeiros meses de Irlanda, liguei pro brazuka que estava fazendo sucesso com a feijoada que vendia em sua sala, por cinco euros o prato, (a fila de Brasileiros dobrava o quarteirao), ele disse que trabalhava sozinho, mas que se eu levasse meu curriculum, ele poderia me ajudar a conseguir um trabalho, eu o fiz e poucas semanas mais tarde a churrascaria Argentina estava me chamando prum teste.

Apos um dia de experiancia, na qual eu amei tudo e todos e estava certa de que havia encontrado o meu lugar, o chefe disse que me contactaria em duas semanas, as duas semanas se passaram e eu nao pude esperar, pois o aluguel estava pra vencer, divida pra pagar, galera aterrorizando dizendo que ninguem ficava nos empregos por muito tempo... fui convencida a procurar emprego de au pair, pois poderia salvar todo o meu dinheiro, uma vez que nao pagaria aluguel. Morar na casa dos outros e cuidar de crianca, dos outros, nao era o que eu queria, mas tive que concordar que naquele momento era a minha saida.

 A Babi indicara uma vaga de au pair live in, enquanto eu estava no onibus a caminho da entrevista, eu pensava nas entrevistas que havia feito anteriormente, a primeira foi atraves de um site muito usado por Brasileiros que procuram emprego aqui na Irlanda, a entrevista foi com uma mae solteira, ela tinha um nenem de 10 meses. A oferta dela era a seguinte: casa e comida em troca de olhar o filho dela todos os dias o dia inteiro, inclusive a noite, caso ele acordasse. Porque ela tinha que ter uma boa noite de sono pra aguentar o trabalho no dia seguinte. Folgas aos fins de semana.

A segunda entrevista foi pra outra familia de mae solteira, eram tres meninos (10, 08 e 1 ano). Esta entrevista foi por intermedio de uma amiga que estava num onibus com uma colega e estava a comentar a meu respeito e a dizer minha necessidade de trabalho, urgente. Entao, uma menina a cotucou nos ombros e lhe disse: Estou a sair do meu trabalho, vc acha que sua amiga teria interesse? No mesmo instante a minha amiga me ligou e logo marcamos a  entrevista. Ao chegarmos na casa, a menina com ar de desespero foi logo abrindo a geladeira e muito rapidamente, danou-se a colocar comida na mochila que carregava, subiu de imediato para deixar as coisas no seu quarto e voltou arrumando a casa, que ja estava bem limpa.

A hostess chegou com os filhos e fora passando o dedo nos moveis enquando ordenava que a menina fosse retirar as compras do carro, sem um por favor ou um obrigado. A hostess, entao, disse que pagaria 150 euros por semana para cuidar dos filhos dela, limpar casa, cozinhar e passar roupas. Disse tambem que eu teria que acordar de madrugada quando o nenem acordasse e que eu deveria sair da casa aos fins de semanas, porque seu namorado vinha passer esses dias em casa. Entao, perguntei: mas, voce pagara o hotel pra mim? Ela me chamou de insolente e disse que ja estava remunerando muito bem.

Depois ainda fui a outras duas entrevistas, uma era para uma familia do interior, peguei o onibus e desci no vilarejo, a hostess foi me buscar, e ainda dirigiu por mais 30 minutos em meio a nada para chegar no lugar algum, onde ela Morava. Eram tb tres criancas, o nenem de 2 anos mal me viu e ja disse: eu te amo! Tamanha a carencia dele.

Na cozinha so havia um microondas e uma fritadeira, a casa era terrivelmente grande e suja. A baba corria de um lado para outro tentando organizar as coisas. O marido trabalhava por la, parecia negocios com ferro velho. A hostess costurava vestidos de noiva, a loja dela ficava la mesmo, na propria casa, um trem chique de doer, um vestido mais lindo que o outro, acho que ela deva ser famosa no meio, pois ate heliport tinha no topo da casa.

Enfim, proposta: 150 euros por semana, limpar, cozinhar, passar, cuidar das criancas todos os dias o tempo todo, se eu precisasse sair da casa pra ir ao banco ou qualquer outra coisa a hostess me levaria e buscaria. Quando perguntei se poderia, entao, receber meus amigos, a resposta foi imediata: nao, para nao tirar nossa privacidade.

A penultima entrevista foi para uma familia arabe, esta vaga pertencia a uma mulher que fora se abrigar na casa do irmao da gerente por uns dias, ate a volta dela para o Brasil, na verdade nao fazia duas semanas que ela chegara na Ilha e decidiu voltar, mas havia aceitado esse trabalho e como disistiu, ela o indicou pra mim, entao fomos juntas para a entrevista. A casa era muito suja e fedorenta, apenas um nenem, 150 euros por semana e as regras eram: se trancar no quarto quando o marido estivesse por la, ou sair.

Nessas Alturas todos me julgavam, na Igreja todos me aconselhavam a pegar o primeiro emprego que aparecesse, que eu nao estava em condicoes de escolher, e nao estava mesmo, se eu fosse olhar so para o lado material. Mas, minha resposta era a mesma: Na merda eu ja estou, nao vou me atolar nela.

Buscando meu emprego (Meio)

Enfim, voltando ao dia primeiro de agosto de 2010, eu desci do onibus, ja pensando: esse eh meu novo endereco! Atravessei a passarela, com o coracao replete de entusiasmo.

Quando cheguei, as lembrancas de um sonho que tive alguns anos atras, ainda no Brasil, a casa na arvore, as janelas grandes, os sofas vermelho escuro e a cozinha grande, com uma ilha no meio, tudo me fez ter a certeza que havia encontrado meu lar. Eu gostei bastante da hostess, pareceu-me uma mulher doce e o marido tambem era bem simpatico.

Do playroom, surgiu a Anjinho um nenem de dois anos carregando um cachorro de pelucia que tocava musica e dancava, ela o ligou e comecou a dancar, a mae estava nos ultimos dias de gravidez, mal conseguia andar. Eles mostraram a casa toda, ao ver o quarto cor de rosa, com cama de casal, armario e cadeira de balanco, fiquei encantada, era meu sonho de menina, ter um quarto daqueles, e eles ainda disseram que colocariam uma TV.

Nos sentamos e comecamos a conversar, o que seria a rotina, enfim, quando comecei a falar, fui logo dizendo: “Tenho meu negocio proprio, vendo comida congelada para a comunicade brasileira, amo leite, como muito, gosto de receber os amigos, nao sei limpar uma casa direito, mas sei manter limpa, nao sei lavar ou passar, mas aprendo se preciso for, amo criancas, minha experiencia se resume a trabalhos em hoteis com recreacao e com animacao em festas infantis, acredito que saberei lidar com suas criancas, se tiver o apoio de voces e, tambem, tenho carteira de motorista, mas preciso ter mais pratica, porque nao tenho carro no Brasil para dirigir.”

Entao, eles concluiram com a frase tao iluminada: “Oferecemos 200 euros por semana, com aumento apos os tres meses de experiencia, voce tera que dirigir, portanto tera um carro e nao trabalhara de fins de semana.” Por fim, a hostess disse: “tenho mais uma entrevista a fazer, mas gostei muito de voce!”.

Fiquei desapontada, pois em nenhuma outra entrevista foi assim, era eu que aceitava ou recusava, e nessa, tinha concorrencia. Voltei o caminho chorando e conversando com Deus, eu dizia a ele que nao acreditava naquilo, tinha chegado tao perto, estava certa de que era o trabalho certo, quando de repente, a hostess ligou dizendo que o trabalho era meu.

No dia 10 de Agosto o chef da Churrascaria Argentina telefonou, eu tive que dispensar, por nao ter dinheiro para o aluguel e tambem porque ja havia me comprometido com a familia Irish.

E no dia 14 de Agosto, um dia antes de vencer o aluguel, fiz a mala e fiquei a esperar o pai das criancas me buscar, nao havia ninguem na casa para me despedir, e quando o pai chegou, fui embora, sem nenhum abraco de ate logo, mas eu estava entusiasmada com a nova vida que estava por comecar.

Buscando meu emprego (ultima parte)

Ao chegar na casa, bastante envergonhada, fui tratando de arrumar minhas coisinhas na comoda, tudo o que eu tinha encheu duas gavetas da comoda, e entao pensei: vai dar trabalho encher essas gavetas e mais esse armario com roupas.

A hostess preparou Chilly con carne pra me recepcionar. Hoje sei que uma tradicao na Ilha servir esse prato pra estrangeiros, Irlandes pensa que gringo gosta de comer pimenta pura.
Pois, trata-se de um refogado de pimentas com Paprika, pimentao, alho, cebola, carne moida e kidney beans, que eh uma especie de feijao vermelho, usualmente servido com arroz. Eu suei frio pra comer, mas comi.

As duas primeiras semanas acompanhei o trabalho da outra Nanny que ainda estava por aqui. Achei que ela fosse embora na terceira semana, mas a hostess pediu que ela ficasse mais tempo. Anjinho nao aceitava a minha presenca, ela nao entendia o que eu estava fazendo ali, se ela tinha a mae e a nanny. Mas a mae nao via isso, ela achava que a menina simplesmente nao gostava de mim, ela estava com duvida sobre sua escolha e eu tambem.

Na quarta semana a hostess pediu de novo pra que a Nanny ficasse, e pro meu desespero ela aceitou, ela estava louca pra ir embora, ja nao era mais paciente com a Anjinho, porque ela aceitou, nao faco ideia.

Quando a nanny nao estava por perto a hostess me perguntava o que a nanny falava sobre ela, eh claro que eu desconversava. Percebi que havia um grau de imaturidade naquela atitude da minha chefe, pedia a Deus sabedoria a todo o tempo, pra saber lhe dar com a situacao, pois teria que conseguir ficar aqui por um ano, pra juntar o dinheiro da divida e poder procurar algo na minha area.

No fim de semana eu preparei um bolo de cenoura Brasileiro. no liquidificador bati as cenouras com oleo e ovos, misturei o creme com as farinhas e levei ao forno, depois cobri com a calda de chocolate que fiz com acucar, leite, achocolatado em po e manteiga.

Como nao tinha forma media, tive que fazer na forma grande, quando o bolo ficou pronto, todos os familiares dos dois lados da familia vieram nos visitar, sem avisar,  e minha chefe ficou imensamente agradecida por eu ter feito o bolo, pois era a unica coisa que ela tinha para oferecer.

Na Segunda-feira quando a Nanny chegou, eu nao pude acreditar que ela ainda estava por aqui. Tive uma  conversa seria com Deus, pois eu estava a sentir que a hostess iria me dispensar, e o que eu iria fazer, sem dinheiro e sem ter onde morar?

Na Quarta-feira elas tiveram uma discusao feia, eu me tranquei com Anjinho no escritorio e fiquei a mostrar-lhe videos da Galinha pintadinha. Quando nos ouvimos a porta bater, minha chefe entrou no escritorio e com os olhos cheios de lagrimas e disse: Agora somos so nos duas.

Eu a abracei e a Anjinho tambem nos abracou. Pude ver que minha hostess eh uma pessoa sensivel, que assim como eu, esta aqui aprendendo e fazendo seu melhor pra ser o melhor que pode ser.

A Anjinho ainda levou uns dois meses pra me aceitar por completo, todas as manhas ela estava acostumada a fazer seu drama matinal, ao me ver,  ela chorava e dizia: Va embora!!! Ate, que passei a ignora-la, quando tinha que brincar com ela, a mostrava que o fazia sem vontade, por obrigacao, se ela me abracasse eu a abracava de volta, se ela me ignorasse eu a ignorava tambem, e assim ela foi vendo que tinha de mim exatamente o que me dava.

Eu e os hostes jantavamos juntos todos os dias, tambem faziamos revesamento na cozinha. O prato que eu preparava e que minha chefe mais gostava era frango empanado com creme de milho. Eu empanava os files de frango com ovos batidos e temperados e farinha de trigo, e, os fritava. Batia no liquidificador uma lata de milho com leite, noz moscada, sal e pimenta, peneirava, acrescentava mais uma lata de milho e levava ao fogo pra engrossar, derramava por cima dos files de frango e servia com arroz.

Parei de jantar com eles, depois de quase um ano, quando baby Ginger estava a comer comida solida, eu preparava almoco para nos e tambem jantava com as criancas, assim eu passei a sentir que tinha terminado o trabalho, portanto nao estava a trabalhar 24 horas por dia, como sentia anteriormente, uma vez que assunto entre eu e os patroes era 'criancas', e eles passaram a ter suas noites a dois que eu sentia que eles precisavam.

O primeiro ano se passou, eu quitei minha divida, e decidi ficar mais um ano, pra poder viajar e tambem, como estava tendo dificuldade para dirigir, quis me dar essa chance.

Chilly con carne

Bolo de cenoura

Wednesday 27 January 2016


File de frango empanado com creme de milho.

Thursday 14 January 2016

Investigacao da vida de Au pair na Irlanda

Por volta de duas semanas atras deu no jornal Irlandes a investigacao das Au pairs na Irlanda. Muitas meninas Brasileiras, e de outras nacionalidades, vem pra ca direto pras casas das familias, outras meninas pagam "agenciadores" (em sua maioria Brasileiros) assim como as familias tambem os pagam, ou seja, eles ganham dos dois lados. Outras meninas sao contactadas pelas familias atraves de websites de empregos ou indicacoes.

O que esta pegando, eh que essas familias nao pagam o salario minimo para essa meninas.
O salario minimo eh de nove euros e quinze centavos, o que daria uns 205 euros por semana, ja com taxas descontadas, caso essas meninas trabalhassem as dignas 30 horas semanais que qualquer trabalhador Irlandes trabalha.

No entanto, as familias estao pagando de setenta a cento e cinquenta euros por semana, e quando pagam, para essas meninas trabalharem de 40 a 70 horas semanais, nao so cuidando de criancas, mas tambem, limpando casa e fazendo comida para a familia inteira.

A maioria das familias nao registram, ou se quer, fazem um contrato por escrito. Eh tudo boca-a-boca, as regras e obrigacoes mudam com o tempo, mas o pagamento continua sendo o mesmo.

Muitas au pairs, assim como eu, sao estudantes e sao impedidas de ir a escola. Quando vao, tem seu misero pagamento descontado e as hostess jogam em suas caras o quanto sao boas por deixa-las ir a escola, como se elas nao soubessem que as meninas sao na verdade estudantes e nao au pairs.

Quando nao reduzem seus salarios, pedem para que elas trabalhem a mais, fazendo babysitting para compensar as horas que estas passam nas escolas.

Uma vez que as criancas sao maiores e vao pra escola, as hostess querem pagar ainda menos, alegando que as meninas teem suas manhas livres, se nao descontam, elas dizem que as au pairs teem vidao. Mas, a realidade eh que nas horas em que as au pairs estao em casa, sem as criancas, elas passam seu "free time", limpando a casa e fazendo as tarefas extras que suas hostess pedem, afinal elas estao  inconformadas com a "vida boa" de suas funcionarias.

Algumas vezes as hotess exageram nos pedidos muitas vezes absurdamente ridiculos, como contar as pecas dos quebra-cabecas, por exemplo, soh para nao passarem suas manhas livres de pernas pro ar. Algumas chegam a pedir para a au pair limpar os quartos dos patroes, raramente agradecem, e se a au pair decide nao fazer porque usa seu "free time" para fazer suas coisas, tem que lhe dar com caras e bocas, isso quando sua hostess nao lhe diz indignada: O que esta acontecendo? Voce nao eh mais a mesma, a casa anda tao baguncada, nao se acha nada!! Ou ainda, ela sai "arrumando" as coisas, fazendo bastante barulho, para que sua au pair a escute de seu quarto, berrando as quatro cantos: Que casa baguncada, criancas venham aqui falar de perto porque estou arrumando essa bagunca!!!

Mas, as au pairs fazem uso das suas manhas livres para fazer os trabalhos extras, porque a tarde com as criancas em casa, fica impossivel limpar e organizar tudo o que as hostess lhes pedem e mais, fazer o que foram contratadas para: brincar com a criancada.

Tudo para que quando as maes voltarem do trabalho, ou academia, ou shopping... Tenham seus filhos cansados e querendo cama. A casa tambem deve estar limpa e organizada, eh o tal "trabalho leve" que algumas maes pedem na entrevista e a maioria pede com o passar do tempo. E entao, elas podem se servir de cha e posar de boa mae por meia hora.

Todos esses pedidos de trabalhos extras, nao seriam um absurdo se as au pairs fossem dignamente pagas pra isso, mas o fato eh que na Irlanda ainda nao existe uma regulamentacao para esse trabalho, nao se sabe ainda ate onde  au pairs devem aceitar, e quando devem dizer nao.

E pra deixar a situacao ainda mais confusa, au pairs sao tratadas como parte da familia quando aos hostes o convem, mas quando deixam de fazer alem do seu trabalho, os patroes as lembram rapidamente quem realmente sao, e quando elas argumentam seus direitos, eh das duas uma: ou o ingles falado nao eh mais tao bom quanto era, quando pecisavam ir a escola, ou entao, eles as pedem um prazo para sair.

Mas, essa eh uma visao realista do que au pairs que nao buscam saber para onde estao indo, a fundo, e que nao ouvem sua propria intuicao, acabam por passar.
Elas aceitam um salario de fome, por achar que a familia esta fazendo muito em lhes dar um quarto, algumas vezes eh soh o que as familias oferecem, algumas outras dao comida, limitada e de inferior qualidade ao que os hostes comem, sao poucas as familias que dividem bem a comida da casa, sem implicar com o quanto a au pair consome.

Enfim, muitas meninas aceitam o trabalho sem nem mesmo conhecer a casa onde vao morar, nem as criancas que terao que cuidar, muitas vezes o pai nao esta presente na entrevista. Mas, as meninas nao desconfiam de nada, e vao. 

Depois que la estao, percebem que sao um contra dois. Se sentem sozinhas, fracas e exploradas, indefesas por nao saber de seus direitos num Pais estrangeiro, elas nao teem reconhecimento e a merreca que ganham, nao paga o hestel do fim de semana, pra onde vao, para que tenham um pouco de liberdade.

Essa eh a escravidao moderna, a qual espero em Deus que um dia acabe. Relembrando dos tempos em que Irlandeses eram escravizados por Ingleses, escravidao branca que poucos conhecem, trago a esse artigo o Dublin-Cuddle.

Trata-se de  um prato a base de batatas e sobras de vegetais (usualmente cenouras), rashers e sausages. Esse prato nasceu entre os pobres injusticados e escravizados de origem Irlandesa. Servido bem quente, eh um prato forte, calorico, perfeito para aquecer contra o frio.

Corta-se as batatas aos meios e as cenouras em cubos. Refoga-se as sausages e rashers na cebola e oleo, junta com o refogado as batatas e cenouras, completa com agua pela metade, ajusta-se sal e pimenta, adiciena-se a agua sempre que necessario ate que os vegetais estejam cozidos e quando ferver junta tomates e tempero verde. Muitos gostam de acrescentar um pouco de Guinness, mas ai, vai do gosto de cada um. 

Monday 11 January 2016


Dublin-Coddle

Sunday 3 January 2016

Em tudo tem a mao de Deus!

Estou de volta, depois de quase cinco anos sem postar nada. Eis que eh Natal e conversando com o meu namorado eu relembrei o porque vim parar nesta casa onde moro por tanto tempo, o motivo de eu vir pra ca, nao foi desespero por estar em condicoes financeiras desfavoraveis, nao foi por medo de nao dar conta de uma cozinha estrangeira e tambem, nao foi pelo quarto cor de rosa. Foi o amor que vi e senti aqui, que me fez querer esta familia e este lugar.

Deus se mostra presente em minha vida desde que eu era apenas um espermatosoide numa corrida alucinada pra chegar ao ovario da minha mae, vitoriosa em minha primeira batalha e conquista pela vida.

Quando cheguei na Irlanda, nas condicoes precarias que voces sabem, recebi o convite de uma pessoa especial, para receber Johrei, bom, eu nao tinha ideia do que se tratava, mas como nao tinha mais nada pra fazer, aceitei o convite. Logo no primeiro Johrei que recebi senti tanta luz entrar em mim que renovou minha energia pra continuar investindo no meu sonho (morar na Europa).

Depois recebi mais dois Johreis, conheci a Babi, logo de prima nos tornamos amigas, nao fazia uma semana que nos conheciamos ela me emprestou o dinheiro pra imigracao, considero este o primeiro milagre que o Johrei realizou em minha vida.

Um dia eu estava sem dinheiro, sem trabalho, em fim, desesperada, fui a Igreja Messianica, doei dois euros que era o que eu tinha, recebi Johrei e voltei pra casa. Lembro que estava quase a ponto de passar fome porque so comia um hamburguer do Mc Donald's no almoco e tomava leite no jantar, neste dia cheguei em casa e nao tinha leite, entao, me lamentei por ter doado o dinheiro que eu poderia usar para comprar o leite, mas no mesmo instante meu coracao se acalmou, como se alguem me dissesse: "calma, tudo vai dar certo".

Dormi que nem senti a fome me perturbar, na manha seguinte sai com o estomago vazio, para a minha caminhada diaria de uma hora ate o centro, mais caminhadas de varias horas pelo comercio, entregando curriculo, ou panfletando meus cartoes de cleaner nas casas e no fim do dia, exausta, mais uma caminhada de uma hora pra voltar pra casa, ufa! Entao, no meio do caminho, indo pro centro, achei cinco euros, corri no mercado, comprei biscoito, leite e cafe, voltei pra casa e COMI...

Nesse mesmo dia, ja de bucho cheio, fui pro centro e encontrei com uma mulher que trabalhava na escola e ela me disse que tinha uma faxina, tipo "trabalho pesado" pra fazer, mas como ela nao poderia ir,ela me ofereceu o trabalho, topei e recebi 100 euros pelo excelente resultado, tres dias depois uma amiga da Babi, que fazia salgados sob encomenda nao pode fechar com uma cliente e passou-a pra mim, nessa semana so com salgados, fiz 100 euros, na semana seguinte fiz 150 euros. E tantas bencaos so porque doei 2 euros.

Fiz a doacao de 20 euros com o intuito de conseguir um bom emprego que garantisse minha moradia, alimentacao e que ainda desse pra viajar, na semana seguinte a minha chefe estava me contratando, Recebo o justo pelo meu trabalho e meus chefes sao legais comigo. Nao e o emprego dos meus sonhos, mas pro momento ta bom.


Para celebrar a paz que finalmente estava a reinar em minha vida, preparei um pernil assado com batatas que ficou divino. Temperei o pernil com limao, vinho branco, sal e pimenta, deixei marinando por 12 horas na geladeira. Retirei da geladeira, cobri com papel aluminio e assei por uma hora. Numa panela cozinhei as batatas descascadas em agua temperada com sal por dez minutos, escorri bem e quando o pernil estava assado, eu retirei o aluminio, pincelei molho barbecue no pernil, acrescentei as batatas e assei tudo por mais 40 minutos. Hummm da agua na boca soh de lembrar.