Sunday 4 April 2010

Ahhhh Barataaa!

Esse assunto não combina muito com comida, eu sei. Mas, não posso deixar de falar sobre a repulsa que tenho com relação a esse bicho escroto, a Barata.
Nesse glorioso sábado de aleluia em que Judas é malhado e que no Rio de Janeiro os garotos se vestem com roupas de palhaço, mascaras de monstros e saem pelas ruas batendo contra o chão uma bola que é amarrada por uma corda e que faz um barulho ensurdecedor, são os chamados bate-bolas, os quais me matavam de medo quando criança...

Voltando ao assunto antes que eu perca o fio da meada... Nesse sábado de aleluia, após uma sexta-feira santa na qual fui dirigindo o carro do meu adorado cunhadinho Robson até a casa da minha irmã a Deborah, onde preparei um delicioso salmão temperado com vinho branco, sal, pimenta do reino, limão e alho, assado com legumes cortados grosseiramente em cubos e pré-cozidos em água temperada com sal e bouquet garni acompanhado de arroz com alcaparras e farofa de banana...

Ops! Perdi o fio da meada...
Lembrei! No sábado de aleluia eu foi colocar a ração da minha linda cachorrinha e avistei uma barata em seu prato, discretamente peguei o veneno spray e borrifei nela, ela ficou muito tonta, borrifei mais veneno e ela se fez de morta, então peguei uma sacola, a idéia era colocá-la em cima do prato, virá-lo de cabeça para baixo para a barata cair dentro da sacola, depois eu daria um nó e a jogaria no lixo. Ensaiei por quase meia hora a estratégia que eu usaria e quando tentei colocar em prática a danada se mexeu, eu saí correndo e gritando. Minha amada irmã Dani veio ver o que estava acontecendo e ficou indignada comigo, como eu podia ter tanto medo de barata? Rapidinho ela a colocou na sacola e com a mão minha irmã a esmurrou esmigalhando a coitada.

Na pensão em que morei eu tinha um esquema, no meu quarto eu colocava um pano fechando a fresta da porta da varanda e outro fechando a fresta da porta de entrada do quarto, borrifava veneno em tudo, e ainda sim algumas conseguiam sobreviver e ai não tinha jeito eu saia gritando e a dona da Pensão vinha matar. Numa noite, eu já estava dormindo, senti algo fazer cócegas no meu braço, no dia seguinte a Érica, que dividia o quarto comigo disse: “Graças a Deus você não acordou, pois tinha uma barata voadora no quarto, e ela andou no seu braço”. Eu fui à mesma hora pro banheiro e esfreguei tanto o braço que quase o arranquei fora.
Uma outra vez eu cheguei de madrugada e estava faminta, quando entrei na cozinha contei quinze baratas, minha fome passou na mesma hora.

Eu gosto muito de viajar e sempre que posso o faço, mesmo que sozinha. Numa dessas viagens, me hospedei num hotel modesto e quando fui tomar banho tinha uma barata no banheiro ela já estava morta, em cima do tapete, então pensei: “Pego nas laterais do tapete, jogo o defunto na privada e dou descarga. Muito simples!”. Porém a filha da mãe grudou no tapete, eu me assustei e saí correndo, a camareira entrou pegou um pedaço de papel higiênico, a pegou com o auxílio do papel e a jogou no lixo.

No hotel em que morei ano passado aconteceu algo parecido, mas três vezes pior, havia uma barata no banheiro, ela era enorme, do tamanho da minha mão... Ta bom vai, do tamanho da palma da minha mão... contando com as antenas... Mas, isso não vem ao caso, o que importa é que ela era muito grande, daquelas que tem a bunda arrebitada e estava vivinha da silva. Eu pensei: “Vou pegar o rodo e vou acertá-la com tudo. Muito simples!”. Ensaiei minha estratégia por uns dez minutos, pois nada podia dar errado. Quando finalmente eu resolvi acertá-la ela saiu correndo, conseqüentemente eu também. A camareira entrou, a esmigalhou com o rodo, a pegou com o auxilio do papel higiênico e a jogou no lixo.
Um dia, quem sabe, eu me encorajo a fazer o trabalho sujo. Deus é tão bom comigo que sempre tem alguém pra fazer esse trabalho por mim!

No comments: