Thursday 11 February 2010

Karol

A Karol é a minha amiga de Itu mais chegada. Lembro me que uma vez fomos na casa do Welder e eu fiz um Feijão preto gordo com bacon e calabresa, cozinhei o feijão com duas folhas de louro na pressão por meia hora, fritei o bacon, a calabresa, o alho e a cebola e juntei com o feijão, temperei com sal e cominho, servi com arroz branco, couve refogada e farofa de ovos, comemos muito, bebemos bastante e depois ficamos na janela paquerando os rapazes que passavam na rua. Aliás, fazíamos isso sempre da janela da Faculdade, a gente mexia com os rapazes que ficavam no pátio e quando eles olhavam a gente se escondia... Duas retardadas!

A karol encolhia os braços e amarrava as mangas da Dolman e saía se debatendo pelo corredor como se fosse uma louca no hospício, uma vez na sala de aula eu olhei pra ela e ela deu um sorriso, ela estava com um pedaço de papel pintado de preto colado no dente, eu caí na risada, quando o professor chegou perto e ela sorriu pra ele... Palhaça!
Outra vez que ri muito com a Karol, foi no dia que ela pegou a hortaliça levantou alto e disse: “Professor, o que eu faço com a couve?”. O professor respondeu: “A couve é pra você cortar e refogar, agora o que você vai fazer com esse repolho eu não sei!”. Meu, foi hilário.

Comecei a trabalhar no Hotel Itu Colonial, como eu estava recebendo seguro pedi pra não ser registrada, trabalhei por dois meses e a gerente resolveu me dispensar do dia pra noite, só porque uma outra menina que antes era recepcionista, depois passou a assistente administrativa, não sabia o que realmente queria. Saí de lá fiz uns estágios, passei por um outro hotel de Itu, que só tem fachada, eu sinceramente não como lá nem de graça!

Depois de quase um ano, eu estava andando na rua e encontrei o Roberto, um recepcionista que treinei antes de sair do Hotel, ele me disse que estava como chefe de recepção e me chamou de volta. Como eu tava numa dureza doida, resolvi aceitar. A gerente saiu entrou a Vera no lugar dela. O hotel precisava de outra recepcionista, então indiquei a Karol. Trabalhamos juntas por quase um ano. Nesse meio tempo resolvemos tirar carta de motorista. Logo na primeira aula de direção eu vi que a Karol se interessaria pelo instrutor, dito e feito, eles namoram até hoje!
É claro que um dia antes da prova eu dei um pitit básico, chorei fiz uma cena típica de Juju nos ombros do pobre Bruno, no dia seguinte foi fazer a prova e.... Passei!

Peguei a carta e disse pro Bruno me deixar dirigir até a casa da Karol, só que eu precisava fazer uma curva e confundi os pedais... Puxa vida, por que três pedais se eu só tenho dois pés? É claro que eu ia me confundir! Então acelerei quando devia frear, mas tive reflexo e fiz a curva, cantando pneu, mas fiz. O Bruno ficou muito bravo, me mandou parar o carro, disse que eu havia comprado a carta, que eu não sabia dirigir, que nunca mais me deixaria tocar no volante do carro dele, blá, blá, blá, blá, blá, blá! Ou seja, tenho trauma e não dirijo até hoje.

No comments: