Thursday 11 February 2010

Momentos

Em Itu eu vivi momentos inesquecíveis, como o dia que a Ro noticiou sua gravidez e o nosso grupinho a abraçou e comemoramos muito, ou no aniversário da própria Roseane, que levamos um bolo Pullman e comemoramos na sala de aula, só nós eu, Karol, Pitty, Ro e Andréia, ou o aniversário da Karol que eu e a Ro fizemos coxinha de galinha, nós cozinhamos os peitos de frango na água temperada com caldo de galinha, sal, curry e pimenta do reino, depois desfiamos a carne e descartamos a carcaça. Juntamos farinha de trigo ao caldo e mexemos vigorosamente até formar a massa. Juntamos ao frango desfiado, milho, salsa picada, tomate concasse picado e um copo de requeijão. Espalmamos um punha de massa recheamos e modelamos em forma de coxas, passamos na farinha de trigo, depois no ovo ligeiramente batido e depois na farinha de rosca e fritamos em imersão no óleo aquecido a 180ºc. Fizemos brigadeiro e levamos para a aula de bolos, colocamos uma vela num dos bolos e cantamos parabéns pra Karol. A professora não gostou da festinha surpresa que fizemos, mas... Que se dani!

Teve também o dia que saí no intervalo e fiquei na praça com o Bruno, esquecemos da hora e voltamos correndo, pois já havia soado o sinal, a janela da minha sala era pra rua e quando passávamos por ela o professor estava fazendo a chamada e disse o meu nome e eu respondi da rua: “Presente!”. O professor foi à janela e disse: “Gracinha! Entra agora ou coloco falta pra você!”.

O casamento da Ro com o Tchuck também ficou na memória, pois o repertório foi todo a base do Raggae e ela estava linda, parecia um anjo. Depois, os comes e bebes na casa da Ro. Um dia fizemos sonhos de doce de leite e creme de confeiteiro, no outro panquecas, fondue de chocolate, fora os vários churrascos e sessões de DVD’s.

Mas, como nem tudo é um mar de rosas... Eu fiz uma entrevista num hotel de Cabreuva, que meu amigo havia indicado, eu fiquei na dúvida porque apesar de não ser na minha área, eu estava num lugar que me agradava, embora eu estivesse bem cansada de trabalhar no Colonial, eu me sentia segura lá.
Eu pedi pro Colonial fazer um acordo comigo, já que eles estavam fazendo acordo com outros funcionários, mas eles se recusaram e eu fui forçada a pedir a conta.
Nessa fase eu morava no apartamento com as meninas, mas nossa relação não estava mais legal, pois elas me exploravam, eu arrumava, eu cozinhava e chegava cansada em casa e minha cama estava abarrotada de coisas delas, pra finalizar com chave de ouro elas quase quebraram a minha televisão, então resolvi ir embora e fui morar na hospedaria do Hotel de Cabreuva.
Lá eu era assistente da gerencia de alimentos e bebidas junto com o Marcos, nós dois recém formados em Gastronomia, estávamos com gás total, elaboramos um portifólio de melhorias para a cozinha que era um nojo, com ralo aberto e tudo de mais nojento que se possa imaginar e treinamento pra brigada que era tão nojenta quanto. Mas, quando apresentamos o nosso projeto aos proprietários eles disseram: “Vocês estão aqui pra repor buffet e nada mais!”. Isso acabou com nossa auto-estima, passados os três meses de experiência saímos de lá e foi a melhor coisa que nos aconteceu, pois foram os três meses mais longos e tortuosos de nossas vidas.

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